segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alowww!!!

ta ai meu blog ainda não esta completo pois obrigaçoes pessoas e a proria pesquisa estão levando meu tempo... mais jaja vai estar otimo
http://docrealfant.blogspot.com/
paz a todos

domingo, 12 de julho de 2009

A arte de graffitar


A busca de alguma coisa. É isto que os grafieiros desejam quando enchem as nossas paredes de desenhos, cores, contornos e muito mais... Para estes jovens as paredes não são, apenas uma superfície mas, uma dimensão espacial própria, aberta às suas obsessões, esperando por mais um jato de spray para ganhar forma.
O graffiti não é nenhuma forma gratuita de vandalismo sobre o património público ou propriedade privada. Muito pelo contrário. Quem pega numa lata não pretende dar largas a um desejo de destruição, mas sim mostrar a sua criatividade.
Os graffitis tanto incluem mensagens de natureza reivindicativa, como recados para a mãe, a namorada, um amigo ou simplesmente uma dedicatória... O graffiti é uma arte que pode servir de suporte a críticas à cidade e à sociedade. Afinal tudo é possível com uma lata na mão!


Neste mundo eles criam linguagens próprias como crew, a que pertence, Dimensão Subterrânea, demonstra bem este desejo de estar fora, de pertencer a um mundo que todos vêem, mas que nem todos são capazes de sentir ou sequer apreender. Há nestes jovens uma urgência de expressão artística, uma necessidade de levar para as paredes a sua identidade, mesmo que transformada, dissimulada pelos códigos e linguagens que partilham entre si.


Continua..
Estou postando aqui o endereço do meu blog com o vídeo do ensaio de fotos que fiz e outras fotos de referências de filmes como " A Vila"(M. Night Shyamalan) e "Desejo e Reparação"(Joe Wright), que retratam bem sobre o objetivo do meu trabalho.

http://dimensoesocultas.blogspot.com/

terça-feira, 16 de junho de 2009

Uma conversa e uma viagem

O grande escritor Machado de Assis, já havia retratado em uma de suas obras,algo muito comum na cidade em que vivemos. Segue um recorte da Obra Machadiana.

"Uma noite, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu o conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos.
A viagem curta, e os versos por ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes: tanto que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
-Continue, disse eu acordando.
-já acabei, murmurou ele.
-São muitos bonitos.
Viu-lhe fazer um gesto (...)

(...) e acabou alcunhando-me Dom Casmurro.
(...) Não consultes dicionário.Casmurro não está aqui no sentido que lhe dão, mas no que lhe pô0s o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fun dos de fidalgo. Tudo por estar cochilando.(...)"

(Assis, Machado. Dom Casmurro, pág. 15, Ed. Klick Clássicos O Globo)

Todos já viveram algo parecido com o acontecimento machadiano, se não vivenciaram, já presenciou algo similar.
Seja numa viagem de ônibus, trem ou metrô, já conversaram com pessoas desconhecidas, ou não.

Carla, uma passageira de uma companhia de ônibus da cidade de Nova Iguaçu, diz:

-Uma conversa no ônibus começa por qualquer motivo.

(Quais motivos?)

- Ah!, pode ser porque alguém ajudou outra pessoa, por exemplo.

(Isso já aconteceu com você?)

- Sim, algumas vezes.

(Se lembra de alguma?)

-mais ou menos. Tipo, uma moça estava cheia de sacolas, toda atrapalhada, ai fui ajudar, ai depois ela sentou do meu lado começou a conversar e contar o que eram os objetos e pra quem eram, e muitas coisas mais.

(E você, falou coisas pessoais suas para ela?)

- Nesse dia não, só a escutei mesmo, mas já comentei coisas pessoas com pessoas de ônibus.

(Você acha que esse tipo de conversas acontecem mais entre mulheres?)

- Olha,sim e não. Acho que as mulheres acabam puxando assuntos com mulheres, mas homens também tentam puxar assun tos com mulheres, mas pra mim, acho um poucodesconfortavél, mas homens acabam conversando entre eles também.

Segundo Janice Caifa, em sua obra "Ensaios e etnografias, aventura das cidades", ela diz:

"No transporte coletivo urbano gera-se
um espaço muito singular de comunicação
são desconhecidos, completamente estranhos
uns aos outros, que se deslocam- às vezes por
um longo período- juntos, lado a lado."
Muitas vezes por se deslocarem de um ponto ao outro, no mesmo horário, de desconhecidos passam a ser conhecidos de viagens.
Como diz Angélica, que pega sempre a mesma condução para ir à faculdade.
-Quando comecei ir à faculdade, eu observava que muitas pessoas se conheciam no ônibus.
Conversavam, brincavam, o motrista sempre copmentava com a cobradora que tal pessoa não chegou no tempo de pegar o ônibus.
(Você depois passou a conhecer alguém?)
- Só com a cobradora, como eu sempre sento perto dela, ai às vezes ela puxa assunto do tipo sobre a facul, mas acaba sempre conhecendo alguém de vista cumprimentando e tal, mas as vezes puxam assunto comigo e eu converso.
(De que tipo?)
- Sempre começam algum assunto sobre algo que ocorreu dentro do ômibus ou no trajeto, mas logo a pessoa desce ou o assunto acaba mesmo.
Pode se comprar as histórias de ônibus ou de qualquer coletivo com contos estilo Alan Poe, já que tem que ser curtos para que não seja interrompido antes do fim, nesse caso não uma para recomeçar depois, mas sim porque um dos participantes da conversa terá que deixar o coletivo.
Na obra de Janice, ela diz:
"Esses desconhecidos com que cruzamos na rua ou que encontramos no ônibus
os estranhos que não podemos localizar muito bem, ao comtrário das figuras conhecidas dos meios familiares, nos fazem vislumbrar a possibilidade de outras experiências, outras vidas diferentes da nossa: outros mundos (...)
Outrem desterroriza as identidades ao distrair com outros mundos possíveis.(...)
Uma fascinação da cidade é o vislumbrardesses possíveis na evervescência da variedade de outros no confronto com a diversidade que nos apresenta outras vidas , outros mundos desconhecidos.
Precisamente, quando o outro fala em qualquer situação de enunciação e inclusive a cidade entre estranhos ou nos ônibus, o que ocorre? Ele confere uam realidade possível, "uma certa realidade", escreve Deluze.(...)"
Atravez de conversas em coletivos podemos sair do nosso "mundo" e vivenciar "mundos" diferentes, ou perceber que todos tem seus problemas, suas igualdades e desigualdades.
O ouvinte dessas histórias compõe mentalmente o mundo do outro dentro de sua visão, dentro de seus conhecimentos, ou seja, histórias reais e imagens não tão reais assim, já que ambos não se conhecem.
Segundo Janice, estar ntre estranhos é livrar-se em algum grau de sua identidade ou sua definição.
Nos momentos que cada um se permite ouvir o outro e participar de fragmentos de uma vida desconhecida, deixaa de lado a sua própria vida mesmo que por alguns instantes.
São muitos fatores que levam as conversas, comigo mesmo já aconteceram muitas vezes, apesar de não ser muito fã de conversar em coletivos. Um certo dia saindo da Pavuna para NI, entrou uma senhora com 2 crianças e um bebê, e estavam tentando fechar o carrinho e por acaso era igual ao que minha mãe usou quando eu era bebê, pronto foi só minha mãe ajudar, para começar as histórias nostálgicas.
Depois que comecei a pesquisar, refletir sobre os ambientes dos coletivos, percebi que em coletivos que tem ar condicionado, não se tem muitas conversas, é como se o ambiente fechado e silencioso já que não se tem ruído, nenhum barulho entrando, é como se inibisse as pessoas. Mas esses momentos de silêncio asoluto nem sempre são mantidos, às vezes são quebrados por algum vendedor de doces e/ou biscoitos.
Um dos coletivos que se mantêm quae que em silêncio por completo, e já que é proíbida a entrada de vendedores, é o metrô, ou até mesmo o trem de arcondicionado, mas mesmo sendo um ambiente quase que mórbito, desconfortável, já que ficam todos um de frente para o outro, nunca se viram e não tem muito o que se fazer nos vagões, se engana que o silêncio nunca é quebrado, nos momentos da famosa "hora do rush", as estações mega lotadas, vagões hiperlotados, e ainda com a lei que proíbe que homens utilizem certos vagões exclusivos das mulheres, as se algum apressado por engano entrar em um deles, começa o falatório, é ocmo se todas se conhecessem e se juntam para irem contra o sujeito apressado, que por engano ali foi parar.
Janice em uma outra obra, "Solidão Povoada: Viagens silenciosasno metrô do Rio de Janeiro" diz que:
"(...) podemos ver o metrô como um equipamento coletivo. Esse conceito está ligado às cidades e figura em estudos de urbanismo e planos de desenvolvimento.
Trata-se resumidamente, de um dispositivo urbano de uso coletivo.(...)"
"(...)Félix Guattari, observa, que os equipamentos coletivos de circulação são dispositivos de produção e de antiprodução. É que nesses equipamentos tanto se permite circular, quanto se impede a circulação, em diversos graus e medidas.
Nos direcionamentos do passageiro no espaço do metrô Rio, e também nas determinações mais flagrantes normalizadoras - não ultrapasse a faixa amarela, proíbido se sentar no chão, proíbido fotografar - encontramos essse aspecto de impedimento á circulação.(...) o metrô em geral, e também o nosso metrô do Rio de Janeiro, realiza muito bem esse aspecto do equipamento coletivo. (...)"
"O encontro coletivo de desconhecido, tão emblemático das cidades, passa em algum grau pelo funcionamento de equipamentos coletivos, ou seja, pelo uso coletivo de equipamentos urbanos que funcionam em parte estipulando regras. (...)"
Talvez, pelo ambiente "metroíco", ser tão cheio de regras e pelo fato do tempo-espaço de uma estação para outra ser tão curto, que não seja realizada muitas conversas entre desconhecidoa. Apesar das conversas não serem tão comuns, existem outras atividades que marcam esse ambiente. Algumas pessoas preferem ler durante o trajeto, pode se perceber que a leitura é bem variada, desde jornais, passando por vários tipos de livros e até mesmo as revistas de caça-palavras e atividades afins.
A cineasta Consuelo Lins, apresenta em seu video "Leituras", como é o interior de uma viagem de metrô, porém no de Pari, onde as pessoas tem o alto costume da leitura, o curta de Guilherme Martinez, "Gratte-Papier" (Palavras Grifadas), também com pano de fundo o metrô de Paris apresenta de uma forma diferente o hábito de leitura.
O filme "Minha ex-supernamorada", tem yma cena logo no início, em que um dos personagens se aproxima de uma mulher (personagem principal) e se apresenta mas com intenções de sair com ela. Cena que não acontece apenas no cinema, também é possível ocorrer na vida real, como diz uma passageira.
- Ah, já aconteceu de virem sentar do meu lado, puxarem assunto, e no meio da conversa pegar meu numero email, para sair, eu não dei, mas... já aconteceu.
Em Solidão Povoada, Janice diz:
"O silêncio no metrô do RJ é um silêncio denso porque se dá num meio coletivo heterogêneo onde mundos estranhos se expõem em algum grau para nós, compondo a nossa experiência. Ali somos parte dessa cena e nos expomos também como maus uma descontinuídade nesse meio diverso em que estranos se encontram.(... )
"(...) O silêncio não é a falta de contato, mas algo que se cultiva, em que se investe dadas as condições da viagem. Um silêncio povoado de presenças, de curiosidade e de contemplação. (...)"
No ônibus ainda é mais fácil utilizar o espaço-tempo do trajeto, as acentos sao expostos de modo diferente dos trens e metrôs, só com a pessoa ao lado, quando você não a conhece que fica um "ar" estranho, mas sempre tem uma situação que ocorre que acaba "quebrando" o gêlo. Nos coletivos que andam sobre trilhos é mais complicado, os acentos são expostos de modo que fiquem todos ou quase todos, um de frente para o outro e nem sempre tem situações que "quebram" o gêlo das viagens.
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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Agenda

Próximo encontro:

Alimentar blog coletivo.
Montar blog do projeto-ensaio e colocar link no blog coletivo.

Encontro 10/06

Caros,
Como já devem saber, hoje o nosso encontro será mais cedo na ELC, às 17:00. Não esqueçam de levar o material combinado para discutirmos e avançarmos nos projetos.
Até lá!
Fernanda